O mercado tem observado atentamente o plano estratégico da Petrobras, e nesta segunda-feira, a estatal anunciou que alcançou uma de suas metas principais: a de produção.
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia informou que atingiu todas as metas de produção estabelecidas no Plano Estratégico 2024-2028, com uma variação de 4%.
A produção total de óleo e gás natural da Petrobras em 2024 foi de 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), com 2,4 milhões de boed em produção comercial e 2,2 milhões de barris de petróleo por dia (bpd).
Recordes na Produção do Pré-Sal
A estatal também comemorou o estabelecimento de novos recordes anuais, com a produção total própria no pré-sal atingindo 2,2 milhões de boed, e a produção operada chegando a 3,2 milhões de boed. Este desempenho no pré-sal representou 81% da produção total da Petrobras.
Estes resultados foram alcançados graças ao esforço integrado de toda a companhia, reforçando o compromisso da Petrobras com os investidores e com a sociedade brasileira. — Petrobras
Avanços em Infraestrutura e Operações
Entre os marcos importantes do ano, a Petrobras colocou em operação duas novas plataformas em 2024. O FPSO Maria Quitéria começou suas atividades no campo de Jubarte, na Bacia de Campos, antes do previsto.
Já o FPSO Marechal Duque de Caxias, no campo de Mero, na Bacia de Santos, também iniciou suas operações, contribuindo para o aumento significativo da produção.
Outro avanço destacado foi a capacidade máxima atingida pelo FPSO Sepetiba no campo de Mero, após apenas oito meses de operação.
Além disso, a estatal iniciou a operação comercial da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) no Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí (RJ), processando 10,5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.
Próximos Passos no Novo Plano Estratégico
Em novembro do ano passado, a Petrobras revelou o novo plano estratégico para 2025-2029.
A estatal planeja investir US$ 111 bilhões nos próximos cinco anos, um incremento de 8,8% comparado ao plano anterior. A área de Exploração e Produção (E&P) receberá US$ 77,3 bilhões, representando 69,3% do investimento total.
O teto da dívida da Petrobras subiu para US$ 75 bilhões, acompanhando uma gestão eficiente de caixa e liquidez. Por outro lado, o caixa mínimo foi reduzido para US$ 6 bilhões.
O documento também prevê dividendos na faixa de US$ 45 bilhões a US$ 55 bilhões nos próximos cinco anos, com flexibilidade para pagamentos extraordinários de US$ 5 bilhões a US$ 10 bilhões até 2029.